Título – Eu, Robô
Título Original - I, Robot
Autor – Isaac Asimov
Páginas – 315
Editora – Aleph
Sinopse
'Eu, robô' reúne os primeiros textos de Isaac Asimov sobre robôs, publicados entre 1940 e 1950.
São nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo, e que contêm em suas páginas, pela primeira vez, as célebres 'Três Leis da Robótica' - os princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na literatura e na própria ciência.
De todas as concepções
tecnológicas que a mão humana pode concretizar, o robô é a que mais instiga a
imaginação e desafia o nosso intelecto. Seres mecânicos, superiores aos humanos
em vários atributos, mas ainda assim, criaturas. Criados para servir, proteger
e acima de tudo, serem leais aos seus criadores.
Ao criar as famosas Três Leis da Robótica, o mestre Isaac
Asimov abriu uma grande gama de utilidades para as suas máquinas positrônicas,
ao mesmo tempo em que tentava limitar a consciência do robô, e trouxe uma nova ótica
para essa relação entre homem e máquina. Mas isso, claro, explorando os seus
problemas.
Eu, Robô foi publicado originalmente em 1950, e ganhou uma ótima
reedição ano passado pela Editora Aleph
(com tradução de Aline Storto Pereira) e trata-se de um compilado de 9 contos e
mais um extra: A História por Trás dos Romances
de Robôs, um texto escrito pelo próprio Asimov no qual ele expõe o porquê
de os robôs caírem na graça de sua escrita, detalhes da composição deste livro
e de outros posteriores que também utilizam robôs como elemento central do
enredo, como As Cavernas de Aço (publicado
em 1954) e O Sol Desvelado (publicado
em 1957).
Todas as histórias de Eu, Robô contam com a presença imponente
da doutora Susan Calvin, uma robopsicóloga – profissão que já escancara o nível
de complexidade que Asimov confere aos seus robôs. Podemos dizer que essa
história tem dois centros: os robôs obviamente, e a própria doutora Susan, que
vivenciou toda a evolução, participou efetivamente na resolução dos problemas
envolvendo as máquinas mais desenvolvidas, com a sua inteligência astuta e perspicaz,
enxergando as soluções prontamente, enquanto os seus colegas – grandes
matemáticos e desenvolvedores – se perdem em meio à nébula dos cálculos.
Esses contos obedecem a uma
linearidade temporal, originada no surgimento dos primeiros modelos feitos pela
U.S. Robots e que continua saltando
alguns anos entre um conto e outro, mostrando os avanços tecnológicos e o
desenvolvimento social e a interação entre os humanos e as suas
“imagens-semelhança” de aço polido, mais precisamente na exploração espacial. Tudo baseado em experiências reais vividas
por Susan.
O livro simula as características
de um romance de formação, mostrando desde a “infância” dos robôs - onde eram
máquinas mudas, restritas a funções um tanto básicas e com o cérebro fortemente
ligado às Leis da Robótica - até o seu apogeu, sua maturidade, quando se tornam
essenciais à sociedade e capazes de até mesmo governarem nações por meio do
poder que os humanos lhes concederam.
Eu, robô veicula um panorama de futuro onde – citando o próprio
Isaac - a sabedoria da sociedade não consegue acompanhar o desenvolvimento
tecnológico, e isso faz com que o homem desça de “amo-senhor” para dependente,
ao ponto de nada mais poder ser feito sem a presença, a ajuda e o planejamento
dos robôs.

A visão do Bom Doutor excede a
descrição do robô como instrumento. Ele o humaniza, lhe dá sensibilidade e
explora a bela e temível relação que é estabelecida entre homem e máquina,
entre cérebro orgânico e positrônico.
Em Eu, Robô Asimov começou a abalar as estruturas da ficção
científica, trouxe um novo paradigma para o futuro, uma forma menos conturbada
de vislumbrar a tecnologia e seu progresso.
Essa pode não ser a obra mais
celebrada do mestre, mas figura entre as mais expressivas e profundas
indubitavelmente, e o ato de lê-la beira a obrigação.
História

Escrita

Revisão

Diagramação

Capa

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