Resenha Premiada: O Nome do Vento‏ - Primeiro Dia - Café & Espadas

14 de julho de 2014

Resenha Premiada: O Nome do Vento‏ - Primeiro Dia


Título – O Nome do Vento - Primeiro Dia
Título Original - The Name of the Wind
Autor – Patrick Rothfuss
Páginas – 650
Editora – Arqueiro

Sinopse

Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.

Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.

Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade.

Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.

Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

Sabe aqueles livros que te surpreendem do começo ao fim? Mesmo ele não tendo grandes ápices ao final de cada capítulo, você fica ansioso para ler o próximo e ver como tudo vai acabar. E não acaba, porque você sabe que existe um segundo volume com a continuação daquela ótima história que você acabou de ler.

Pois é, estou falando de O Nome do Vento escrito por Patrick Rothfuss. Talvez vocês já leram muitas resenhas sobre esse livro e, provavelmente, viram que ele é ótimo!

Temos aqui o início d'A Crônica do Matador do Rei. No primeiro dia conhecemos Kvothe (ou Kote), um hospedeiro silencioso, de cabelos vermelhos como a chama. O que a maioria das pessoas não faz ideia é que o dono da Pousada Marco do Percusso é um personagem lendário. Dono de uma grandiosa fama, Kvothe decidiu se isolar do mundo depois de grandes feitos e montar sua tão sonhada hospedaria.

O que ele não esperava é que, depois de tanto tempo, um cronista tinha a esperança de encontrá-lo e escrever sua história para que outras pessoas pudessem saber o quão ele foi importante. Mesmo relutante, Kvothe decide contar a sua verdadeira história, muito diferente dos mitos contados em torno de seu nome. Porém o cronista teria que escrever tudo em três dias, pois esse era o tempo suficiente que Kvothe lhe propôs.

Então começamos do início. Vemos um menino viver em uma trupe de artistas, com uma família alegre e que lhe amava. Mas nem tudo são flores e, de uma hora para a outra, temos de crescer. Mesmo que isso doa muito. E então aquele menino é obrigado a se tornar homem, passando por uma dura adolescência. Até ingressar na tão sonhada Universidade, lugar onde tinham os 10 vezes 10 mil livros em um grande Arquivo.

Foi para a universidade com o intuito de aprimorar seus talentos, saber o verdadeiro nome das coisas para controla-las e pesquisar sobre o Chandriano (um grupo de 'demônios' reconhecido pela chama azul). Kvothe aprendeu a se virar bem sozinho, porém ainda não sabia lidar com as mulheres. Então conheceu seu amores e aprendeu a lidar com eles.

Aqui temos a essência dos personagens, Patrick não se preocupa em descrever cenários. Seu ponto forte é saber nos conectar à sua história ali narrada, e isso é ótimo para o sucesso de um livro. Não precisamos muito saber quantos pregos um barco possui, precisamos apenas ver a sua beleza e nos sentirmos confortáveis durante sua navegação. E é dessa forma que O Nome do Vento é escrito. Quando Kvothe narra sua história, parece que estamos ali ao seu lado e nós é quem somos o cronista.

Kvothe é um pouco diferente dos protagonistas que conhecemos em histórias fantásticas. Ele não é nenhum príncipe, muito menos herdeiro de uma grande fortuna com um futuro promissor. Ele é simplesmente um garoto que cresceu e lutou suas próprias batalhas do jeito que pôde. E, talvez por isso, somos cercados de lições. O que é bom, por um lado, afinal um livro (seja de qual for o gênero) deve nos deixar algo de bom.

Quanto a edição, temos um ótimo trabalho da editora com a escolha da capa e diagramação. Só não gostei muito do tipo de papel escolhido, em algumas vezes ficava difícil passar a página, pois as folhas ficavam um pouco grudadas por serem lisas demais. Além de ter deixado o livro muito pesado. E encontrei uns errinhos de escrita, além de estar escrito com as antigas leis de acordo ortográfico.

E, para comemorar nossas 300 primeiras curtidas na página do Café & Espadas, nós iremos fazer o sorteio de um exemplar d'O Nome do Vento e alguns marcadores. Clique na imagem abaixo (ou aqui, caso não dê certo) e siga as regras da promoção!

Boa sorte a todos, até a próxima!

História
Escrita
Revisão
Diagramação
Capa


18 comentários:

  1. GOSTEI MTO DA RESENHA , ELA JÁ NOS MOSTRA UM POUCO COMO É A HISTORIA , O MENINO Q VIVIA NUM CIRCO, CRESCEU E APRENDEU SOZINHA COMO É A VIDA , ACHEI P/ Q LI Q É UMA HISTORIA DE SUPERACÃO, ESPERO LER O LIVRO.

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  2. gostei da resenha tem um pouco de suspense e da a vida ao livro

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    1. Sempre é bom fazer um suspense para que outras pessoas sintam a vontade de ler também, não gosto de resenhas que contam tudo sobre a história do livro.
      Você vai gostar!

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  3. Não conhecia esse livro e sua resenha me fez querer lê-lo, parece muito bom, é o tipo de livro que gosto de ler, com magia e coisas sobrenaturais. Mas como tem continuação prefiro esperar que todos os livros sejam publicados para começar minha leitura, porque fico ansiosa de mais.

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    1. Na verdade ele já o segundo livro, Wanessa! O nome é O Temor do Sábio, e no final desse ano será lançado um livro extra sobre um dos personagens (veja aqui - http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/06/noticiadivulgada-capa-nacional-do-livro.html) enquanto o autor não entrega o terceiro livro.
      Você vai adorar a história!

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  4. Bacana a resenha, gostei da concisão. Vale falar que essa obra flerta muito com outras formas de arte, como a música e o teatro. Ela é muito poética, evoca sentimentos. Discordo um pouco no que diz respeito à descrição dos cenários. Ele não é nenhum Tolkien, mas descreve bastante. A Universidade e Tarbean são exemplos.

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    1. Sim, sim, Arquimedes. Falei porque ele não exagera nessas descrições e que é interessante fazer com que o personagem seja o foco de toda a história. Descrições de cenários são ótimas sim para termos ao menos uma ideia de como é aquele mundo, mas às vezes torna a leitura arrastada.

      E realmente é bem poética essa obra!

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  5. Há tempos que ando querendo ler, esta resenha me deu ainda mais vontade.

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    1. É realmente um ótimo livro, Mariana. E você vai adorar lê-lo!

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  6. Gostei muito da resenha me parece muito interessante, ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão.
    Espero ganhar o livro para e continuar lendo. O Nome do Vento.

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    1. Obrigada, Angela! Quem sabe você tem sorte e leva ele pra casa?
      Boa sorte!

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  7. Fiquei com vontade de ler o livro todo!

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  8. Poxa, pareceu ser muito interessante! Tomara que eu ganhe ..

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  9. Excelente resenha!
    Participem da leitura conjunta: https://www.facebook.com/events/687091574702857/ :D

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