Resenha: As Trevas de Sethanon - Café & Espadas

6 de fevereiro de 2015

Resenha: As Trevas de Sethanon


Título – As Trevas de Sethanon
Título Original  Darkness at Sethanon
Autor – Raymond E. Feist
Páginas – 480
Editora – Saída de Emergência

Sinopse

Ventos malignos sopram sobre Midkemia. As legiões negras ergueram-se para esmagar o Reino das Ilhas e escravizá-lo com o terrível poder de sua magia. A batalha final entre a Ordem e o Caos está prestes a começar nas ruínas de uma cidade chamada Sethanon.

Agora Pug, o mestre conhecido por Milamber, terá à sua frente a incrível e perigosa missão de viajar até a aurora do tempo e lidar com um antigo e temível inimigo. O destino de mil mundos dependerá apenas dele.

Enquanto o Príncipe Arutha e os seus companheiros reúnem as suas hostes para a batalha final contra um misterioso demônio ancestral, o temido necromante Macros, o Negro, libertou mais uma vez a sua magia negra. O destino de dois mundos será decidido numa luta colossal sob as muralhas de Sethanon, quando são restaurados os laços entre Kelewan e Midkemia.

O formidável e último volume de "A Saga do Mago", clássica tetralogia de fantasia de Raymond E. Feist, iniciada com Mago Aprendiz.


E chegamos a mais um desfecho. Temos aqui o fim de mais uma saga que foi escrita para ficar na história e no nosso imaginário. Raymond E. Feist soube cativar cada um de seus fãs com as suas descrições de tirar o fôlego e sempre com essa capacidade de nos fazer imaginar cada detalhe de cada uma de suas cenas.

As Trevas de Sethanon traz o fim da tetralogia da saga intitulada de "Mago" e, mais uma vez somos inseridos em mundos fantásticos onde o bem sempre tenta superar o mal, onde lendas movem povos e onde batalhas épicas são travadas a fim de nos deixar ainda mais presos à narrativa.

A história deste quarto livro começa com o Festival de Apresentação, onde o Príncipe Arutha e a Princesa Anita iriam mostrar ao povo de todas as classes que seus herdeiros haviam nascidos imaculados. Os príncipes Borric (homenagem ao falecido pai de Arutha) e Erland (homenagem ao falecido pai de Anita) eram dois bebês saudáveis e bonitos, e eles fizeram a festa da população ao serem apresentados.

Embora precisassem passar por toda essa festividade, pois o Festival de Apresentação era uma tradição para qualquer membro da família real, os nobres da realeza sabiam que o perigo rondava a região. Afinal todos sabiam que Murmandamus queria pôr um fim à vida de Arutha, pois só assim ele poderia reinar sobre aquelas terras.

E então a história começa de fato. Jimmy, fiel escudeiro de Arutha, como sempre, percebe que algo não estava saindo bem. Logo de início vemos uma batalha se formando, afinal, muitas respostas ainda não foram respondidas e o Senhor do Ocidente ainda precisava enfrentar o poder das Trevas.

Krondor é novamente alvo de ataques e o príncipe precisa viajar novamente para confrontar o mau que ronda sua vida e ameaça a todos, tanto no mundo de Midkemia quanto no mundo de Kelewan. O Inimigo busca poder e, cada vez mais, consegue aliados fortes.

Pug volta de Elvardein - o Refúgio dos Elfos, lar dos antigos elfos Eldar - e pede ajuda a Tomas, seu amigo de infância e agora consorte da Rainha de Elvandar. Os dois saem em busca de respostas sobre como derrotar o Inimigo.

Em meio a isso, novas alianças são feitas, antigos personagens reaparecem e surpreendem em suas mudanças. Novos personagens ganham destaque e se tornam indispensáveis para a trama se desenrolar. Arutha reencontra Guy du Bas-Tyra - o antigo Senhor da Guerra - que lhe conta com se tornou inimigo de seu pai, o Duque Borric conDoin. É aqui onde vemos como Guy se tornou um respeitado comandante e que, no final das contas, ele não era verdadeiramente o grande inimigo do reino.

Em As Trevas de Sethanon, Raymond dá destaque às emoções de seus personagens. Antes tínhamos uma visão superficial sobre eles, mas neste livro, ele fez com que o leitor pudesse conhece-los mais a fundo. Tomas mostrou suas dores e fragilidades em Espinho de Prata, assim como o Príncipe Arutha. Já Pug acompanhamos desde o início, e Martin vem se mostrando aos poucos. O que achei interessante nos livros de Feist foi essa separação nas histórias. Cada livro traz um foco em um personagem específico e no final todos se completam.

Guy e Arutha lutam juntos durante a batalha em Armengar e trazem grandes perdas ao Inimigo. Os últimos momentos da trama são surpreendentes e muita coisa é revelada. Mais uma vez Feist termina um livro com maestria, embora este último merecesse um final mais elaborado e menos previsível.

Apesar dos pesares, a "Saga do Mago" deve ser lida e relida. Recomendo a todos os amantes da literatura fantástica.  

E para encerrar muito bem esta resenha, uma ótima notícia:  a Saída de Emergência Brasil anunciou, em outubro de 2014, que irá lançar a "Saga do Império", escrita por Raymond E. Feist em parceria com Janny Wurts.

A “Saga do Império” será composta por três livros e terá um tom político, sem deixar de lado a fantasia que permeou a saga de Pug, Tomas e Arutha. Apesar de se passar no mesmo universo, a saga poderá ser lida de forma independente da Saga do Mago”. O primeiro livro, "A Filha do Império", tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2015.

Agora só nos resta ter saudade desses personagens marcantes e esperar por mais obras de Raymond E. Feist acompanhadas com as belíssimas edições da Saída de Emergência Brasil.

História
Escrita
Revisão
Diagramação
Capa

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