Olá, pessoas!
Cá estamos com mais um Conversas de Taberna! Hoje trataremos de
um assunto que muitos já conhecem e alguns dirão que já falamos muito sobre
isso: A literatura fantástica. Não posso negar que este é um dos temas mais
discutidos por aqui, mas também não posso afirmar que já falamos tudo sobre
ele.
Já ouviram falar nos mais
diversos tipos de literatura fantástica? Ou só acham que ela se resume apenas à
espadas e (café?) heróis em busca de vitórias? Não não, nem sempre! Vamos
conversar agora sobre esses tipos fantásticos e espero que todos gostem!
Já preparam o café?
A nossa literatura fantástica
é vasta e, por isso, é dividida em vários tipos diferentes. Essa divisão
depende dos tipos de elementos mágicos ou sobrenaturais que são usados em cada
história. Porém, quase sempre, temos uma explicação sobrenatural para a fuga da realidade. Saiba aqui qual o tipo de literatura fantástica você mais gosta de ler:
♦ Portal da Fantasia
Temos aqui um exemplo de literatura fantástica onde tudo acontece depois que uma personagem atravessa um portal. No outro lado tudo diferente e deslumbrante, é o local com o qual a personagem sonhou quando criança (ou não) e, em um belo dia, esbarrou em um guarda-roupas ou caiu em algum buraco.
Então, dá-se início à uma jornada heroica, onde nossa personagem acaba por ser a única salvação daquele novo mundo.
♦ Mundo Secundário
É simplesmente um mundo de conto de fadas. A primeira vez que o termo foi escrito foi quando Tolkien escreveu seu ensaio Sobre Histórias de Fadas. No mundo secundário é frequentemente incluído um "continente perdido", como Atlântida e Lemúria, mas não saindo da Terra. Lá temos os humanos, mas com uma cultura completamente diferente da nossa, é como uma "Terra Analógica", mas não se resume a uma história alternativa da nossa realidade.
Quando paramos para pensar nesse tipo de literatura fantástica, nos deparamos com sociedades semelhantes à Europa medieval.
Quando paramos para pensar nesse tipo de literatura fantástica, nos deparamos com sociedades semelhantes à Europa medieval.
♦
Fantasia Épica (ou Alta Fantasia)
Acho que alguns de vocês já
ouviram falar de O Senhor dos Anéis
(aquela nova trilogia de um carinha aí...). Esse tipo de fantasia é assim
chamada por termos em mãos um livro totalmente novo: uma história que se passa
em um mundo diferente do nosso, com suas próprias criaturas, culturas e sem
ligação com a Terra.
Aqui, sempre iremos ter o
personagem do bem lutando contra o do mal e sim, aqui temos as espadas e as
vitórias. E magia do começo ao fim! Não é necessário atravessar portais e a magia não interfere no nosso mundo. Lá os personagens já nascem rodeados por ela.
Costuma ser uma história longa, por isso George R. R. Martin nunca termina de escrever!
Costuma ser uma história longa, por isso George R. R. Martin nunca termina de escrever!
♦ Espada e Feitiçaria
Esse tipo pode ser confundido com "fantasia épica", porém não se engane. Enquanto a anterior lida com heroísmo de príncipe e reis em altos castelos, nesse tipo temos bandidos e ladrões ganhando a vida em ruas escuras e becos sem saída.
Nesse tipo, nem sempre é fácil diferenciar o mocinho do grande vilão, fazendo com que tenhamos uma leitura bem mais interessante.
♦ Fantasia Urbana
A história aqui fica longe dos mundos secundários e se passa na Terra mesmo. Acontece, muitas vezes, em cidades modernas. É basicamente a história que tem vampiros e lobisomens (e afins) convivendo com humanos. Tem feito fãs por todo mundo por descrever situações e locais familiares, surgindo, assim, o tietismo com relação aos autores.
Ultimamente temos esse tipo de história acontecendo em cidades pequenas, o que leva muitos a dar um novo termo para essa literatura: fantasia suburbana ou fantasia rural.
♦ Folclore
Muito antes de Tolkien, havia histórias mágicas sendo transmitidas através da fala. Mitos, lendas, contos de fadas, fábulas, provérbios, adivinhas, canções, piadas - tudo que induzisse a imaginação do ouvinte.
Cada cultura tem folclore, e fornece a base para uma série de fantasia narrativa - há contos de fadas, tais como as dos irmãos Grimm. E há fábulas, que são histórias para crianças com uma lição de moral no fim.
Já os contos folclóricos ou lendas populares, são histórias reais sobre algo que aconteceu em algum local no passado.
♦ Realismo Mágico
Podemos confundir um pouco esse tipo de fantasia com a "fantasia urbana", porém aqui temos a magia sendo como parte do cotidiano das pessoas e a ausência de seres fantásticos. Há um toque surreal na narrativa.
O realismo mágico se desenvolveu fortemente nas décadas de 1960 e 1970, como produto de duas visões que conviviam na América hispânica e também no Brasil: a cultura da tecnologia e a cultura da superstição. Surgiu também como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais deste período.
Este conceito pode ser definido como a preocupação estilística e o interesse em mostrar o irreal ou estranho como algo cotidiano e comum. Não é uma expressão literária mágica: sua finalidade é a de melhor expressar as emoções a partir de, sobretudo, uma atitude específica frente à realidade.
♦ Gótico
Costuma-se destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura, os cenários medievais (castelos, igrejas, florestas, ruínas), os personagens melodramáticos (donzelas, cavaleiros, vilões, os criados), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos escondidos, profecias, maldições).
Outras leituras possíveis da literatura gótica envolvem destacar nos romances o uso da psicologia do terror (o medo, a loucura, a devassidão sexual, a deformação do corpo), do imaginário sobrenatural (fantasmas, demônios, espectros, monstros), das reflexões sobre o Poder (colonialismo, o papel da mulher, sexualidade), da discussão política (monarquismo, republicanismo, as Revoluções, a industrialização), dos aspectos religiosos (catolicismo, protestantismo, a Inquisição, as Cruzadas), das concepções estéticas (neoclassicismo, romantismo, o Sublime) e filosóficas (a Natureza, Platão, Aristóteles, Rousseau), além de outras possíveis chaves interpretativas.
♦ O Novo Estranho
Resume-se, basicamente, em contos terríveis com criaturas estranhas e encontros um pouco inexplicáveis, com uma vantagem fantástica para eles. Nesse tipo há uma mistura de ficção científica, terror e fantasia.
♦ Fantasia Sombria (ou Obscura)
Este tipo, essencialmente, se dá em um mundo secundário que é escuro, tenso e excessivamente violento. Com anti-heróis ou heróis de moral duvidosa e muita brutalidade. Difere das histórias de horror por conter um mal ficcional, ao contrário da outra.
Existem outros tipos de literatura fantástica, optei por falar desses porque eles são os mais comuns. Mas, você conhece algum outro tipo e quiser acrescentar algo mais à nossa conversa, fique à vontade para comentar ou nos mandar e-mail. Além de dar sugestões para nossa coluna!
Até a próxima!
Esse tipo pode ser confundido com "fantasia épica", porém não se engane. Enquanto a anterior lida com heroísmo de príncipe e reis em altos castelos, nesse tipo temos bandidos e ladrões ganhando a vida em ruas escuras e becos sem saída.
Nesse tipo, nem sempre é fácil diferenciar o mocinho do grande vilão, fazendo com que tenhamos uma leitura bem mais interessante.
♦ Fantasia Urbana
A história aqui fica longe dos mundos secundários e se passa na Terra mesmo. Acontece, muitas vezes, em cidades modernas. É basicamente a história que tem vampiros e lobisomens (e afins) convivendo com humanos. Tem feito fãs por todo mundo por descrever situações e locais familiares, surgindo, assim, o tietismo com relação aos autores.
Ultimamente temos esse tipo de história acontecendo em cidades pequenas, o que leva muitos a dar um novo termo para essa literatura: fantasia suburbana ou fantasia rural.
♦ Folclore
Muito antes de Tolkien, havia histórias mágicas sendo transmitidas através da fala. Mitos, lendas, contos de fadas, fábulas, provérbios, adivinhas, canções, piadas - tudo que induzisse a imaginação do ouvinte.
Cada cultura tem folclore, e fornece a base para uma série de fantasia narrativa - há contos de fadas, tais como as dos irmãos Grimm. E há fábulas, que são histórias para crianças com uma lição de moral no fim.
Já os contos folclóricos ou lendas populares, são histórias reais sobre algo que aconteceu em algum local no passado.
♦ Realismo Mágico
Podemos confundir um pouco esse tipo de fantasia com a "fantasia urbana", porém aqui temos a magia sendo como parte do cotidiano das pessoas e a ausência de seres fantásticos. Há um toque surreal na narrativa.
O realismo mágico se desenvolveu fortemente nas décadas de 1960 e 1970, como produto de duas visões que conviviam na América hispânica e também no Brasil: a cultura da tecnologia e a cultura da superstição. Surgiu também como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais deste período.
Este conceito pode ser definido como a preocupação estilística e o interesse em mostrar o irreal ou estranho como algo cotidiano e comum. Não é uma expressão literária mágica: sua finalidade é a de melhor expressar as emoções a partir de, sobretudo, uma atitude específica frente à realidade.
♦ Gótico
Costuma-se destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura, os cenários medievais (castelos, igrejas, florestas, ruínas), os personagens melodramáticos (donzelas, cavaleiros, vilões, os criados), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos escondidos, profecias, maldições).
Outras leituras possíveis da literatura gótica envolvem destacar nos romances o uso da psicologia do terror (o medo, a loucura, a devassidão sexual, a deformação do corpo), do imaginário sobrenatural (fantasmas, demônios, espectros, monstros), das reflexões sobre o Poder (colonialismo, o papel da mulher, sexualidade), da discussão política (monarquismo, republicanismo, as Revoluções, a industrialização), dos aspectos religiosos (catolicismo, protestantismo, a Inquisição, as Cruzadas), das concepções estéticas (neoclassicismo, romantismo, o Sublime) e filosóficas (a Natureza, Platão, Aristóteles, Rousseau), além de outras possíveis chaves interpretativas.
♦ O Novo Estranho
Resume-se, basicamente, em contos terríveis com criaturas estranhas e encontros um pouco inexplicáveis, com uma vantagem fantástica para eles. Nesse tipo há uma mistura de ficção científica, terror e fantasia.
Arte de Raphael Lamour
♦ Fantasia Sombria (ou Obscura)
Este tipo, essencialmente, se dá em um mundo secundário que é escuro, tenso e excessivamente violento. Com anti-heróis ou heróis de moral duvidosa e muita brutalidade. Difere das histórias de horror por conter um mal ficcional, ao contrário da outra.
Existem outros tipos de literatura fantástica, optei por falar desses porque eles são os mais comuns. Mas, você conhece algum outro tipo e quiser acrescentar algo mais à nossa conversa, fique à vontade para comentar ou nos mandar e-mail. Além de dar sugestões para nossa coluna!
Até a próxima!
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