Autor – Isaac Asimov
Páginas – 238
Editora – Aleph
Um homem.
Um plano.
A maior aventura da história da raça humana.
Sinopse
A humanidade vive o seu momento mais próspero.
Há mais de dez mil anos um império reina absoluto sobre todos os mundos habitados. Ninguém acredita que esse tempo luminoso possa ter fim. Ninguém, exceto Hari Seldon, o criador de uma ciência revolucionária capaz de prever o futuro da raça humana.
Seldon antevê a chegada de uma era de trevas jamais vista. E inevitável. Ele só pode minimizar os estragos e garantir que o homem se reerga o mais rápido possível.
Para isso, tem um plano que deverá ser executado, através dos séculos, pelos membros da Fundação.
Acho que não poderíamos começar melhor com nossas resenhas de parceria com a Editora Aleph. Fundação é a obra máxima de Asimov, recebeu prêmio de melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos, superando O Senhor dos Anéis e John Carter de Marte. Mas acho que isso todo mundo sabe.
Dando início a resenha quero deixar claro que sim, realmente ele mereceu o prêmio. Com uma escrita agradável e por vezes divertidas, Asimov nos conta sua visão para o futuro galático.
Temos tramas políticas fundidas àquilo que move o mundo: a fé. Não importa o que você acredita, o que importa mesmo é que você acredita em algo e isso pode lhe custar muitas coisas. Um império, por exemplo.
Hari Seldon era um matemático renomado (e conhecido pelas más línguas como Corvo Seldon) com grande habilidade em psico-história - uma mistura de matemática com sociologia que prevê o futuro de grandes massas. Vivia em Trantor e trabalhava no projeto de criação da Enciclopédia Galática que visava minimizar os possíveis estragos causados pelo futuro declínio do Império Galático.
Asimov nos traz uma história onde a raça humana domina toda a galáxia. Nessa dominação os poderes políticos são disputados com a ajuda da ciência e da religião criada em cima da Primeira Fundação. Ele não se preocupa em descrições de personagens ou de cenários, mas sim com as discussões inteligentes que movem toda a história.
Seldon, através da psico-história, calculou com precisão a queda do Império. Além disso, montou um plano de ação para reduzir o período da crise que se seguiria por trinta mil anos após a queda e conduzir toda a humanidade para o segundo império. Com isso, duas Fundações comandavam tudo, uma em cada extremo da galáxia.
O livro é divido em cinco partes e cada uma trás um período diferente para a história. Todas são interligadas pelos problemas e conflitos das crises que Seldon previu (sempre que uma nova crise surgia os prefeitos gritavam "Crise Seldon" em suas campanhas).
São claras as semelhanças que encontramos no decorrer do livro com o nosso mundo real. A queda do Império Galático é bem semelhante à queda do Império Romano, além disso Asimov faz referências a outras doutrinas políticas e expansionistas. A religião criada em cima da Fundação nos leva a lembrar do Destino Manifesto, no qual consiste a crença de que um povo é eleito por Deus para governar determinado Estado.
Apesar de ser uma história com uma carga política um pouco pesada, não temos aqui uma leitura arrastada. Na verdade é super empolgante e leve de se ler. Como falei na resenha d'O Nome do Vento, não importa muito se o autor se preocupa em descrever cada detalhe de uma cena, o que vale mesmo é o quanto o autor nos prende à sua história, cabe a nós fazermos nosso papel como leitor e imaginar tudo o que nos foi contado.
Quanto à edição da Aleph... Há tempos eu namorava essa edição, aliás todas as edições da Aleph são lindas. Já vi gente falando que "grande coisa a Aleph relançar tal livro...", o que muitos não veem é que, pelo menos na minha o opinião, as edições dos livros de ficção científica da editora são as mais bonitas no Brasil. Não é só porque a editora é nossa parceira que estou falando isso. Como disse antes, há tempos eu vinha fazendo planos para adquirir suas edições e isso ainda continua de pé.
A diagramação é confortável de se ver e a mancha gráfica é econômica, ocupando mais espaço na página. Acho que merecia uma mancha no mínimo normal, mas ainda assim está ótimo. Encontrei uns poucos erros de escrita, mas nada muito grave. E a capa casa muito bem com o conteúdo das páginas.
Todo amante de ficção científica deve ler Isaac Asimov e Fundação é apenas a chave do portão da casa de uma ótima leitura inteligente, sem rodeios e sem aquela ideia de escrever só para vender. Super recomendado.
E quem ficou curioso para saber como é essa história, leia um trecho dela logo a seguir.
Boa leitura e até a próxima!
História

Escrita

Revisão

Diagramação

Capa

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