Olá, pessoas! Hoje iremos iniciar uma jornada pelos contos da revista Trasgo! A cada semana iremos postar uma resenha sobre um conto da revista. Até agora foram lançadas duas edições, mas continuaremos com essas resenhas nos próximos lançamentos.
O que é a revista Trasgo?
Já falamos sobre ela aqui no blog, mas não custa nada relembrar, não é?
A Trasgo é uma revista de contos de ficção científica e fantasia, com o intuito de trazer os melhores contos em língua portuguesa, de autores novos e consagrados.
A revista é em forma de e-book, lançada trimestralmente, com quatro edições por ano. É possível acompanhar as novidades pelo Facebook ou Twitter. Ou aqui no Café & Espadas!
A Trasgo é uma revista de contos de ficção científica e fantasia, com o intuito de trazer os melhores contos em língua portuguesa, de autores novos e consagrados.
A revista é em forma de e-book, lançada trimestralmente, com quatro edições por ano. É possível acompanhar as novidades pelo Facebook ou Twitter. Ou aqui no Café & Espadas!
O conto de hoje é do Hális Alves. Com o título Ventania, o conto é o primeiro da edição piloto da revista. Confira um trechinho do conto e, em seguida, veja a nossa opinião sobre ele.
As pontas das hélices giravam levemente ao sabor dos ventos do Atlântico, pouco ruidosas mesmo após tantas décadas. Talvez fosse verão. Talvez fosse um inverno quente demais. Já não se podia reconhecer qual estação. Mesmo a contagem dos anos parecia anacrônica, defasada. Ninguém mais se importava com os dias.
Sentada nas dunas uma mulher olhava para o crepúsculo no mar, cabelos fustigados pela ventania afoita, pele em bronze e vestido de renda branco, escurecido pelo uso e pelas intempéries. Os arbustos balouçavam, vez ou outra violentamente, mas ela não se movia. Então a maré veio e as águas salgadas aos poucos tocaram seus pés, e ela arrepiou-se. Levantou-se com alguma dificuldade após algumas horas ali , andou até o pé do colossal cata-vento metálico e agachou-se, desplugando uma bateria que estava junto ao painel da turbina.
Seguiu trilhando um caminho incerto nas areias. Ao seu redor viam-se dezenas de turbinas eólicas espalhadas por toda a extensão daqueles montes arenosos e arredios. Algumas quebradas, hélices tortas, outras caídas e enegrecidas pela ferrugem; as mais velhas pareciam ter sucumbido à maresia, varridas pelas areias do tempo. Algumas mais novas ainda pareciam funcionar, embora nada estivesse funcionando tão bem como outrora.
Após muitos passos, chegou a uma cabana erguida sobre palafitas. O teto era de palha de coqueiro e o cheiro de maresia. Na varanda, um par de olhos acastanhados e curiosos fitavam-na com alívio.
[...]
Ventania é um conto pós-apocalíptico. Nele, um grupo de pessoas nômades sobrevive em um nordeste distópico e acabam sendo encurraladas em uma torre, o que acaba sendo o último refúgio deles contra seres bem bizarros. Segundo as palavras do editor, é quase um Mad Max brasileiro. O conto possui muitas descrições e traz um final bastante inquietante...
Hális Alves é nascido e criado em Natal/RN. Começou a escrever aos treze anos, primeiro pelo gosto antigo por leitura, depois impulsionado pelo RPG. Cursou direito na UFRN e depois foi estudar no Japão, onde reside atualmente. Suas maiores influências são Tolkien, King, Guimarães Rosa, Gaiman, Saramago, Herbert, Lovecraft e Eco.
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