Resenha: Nosferatu - Café & Espadas

15 de setembro de 2014

Resenha: Nosferatu

Título – Nosferatu
Título Original – NOS4A2
Autor – Joe Hill
Páginas – 614
Editora – Arqueiro

Die Todten reiten schnell.
(Os mortos viajam depressa).
- "Lenore", Gottfried Büger

Sinopse

Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem.

Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal. A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor.

E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca… e acaba encontrando Charlie.

Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic.

Perturbador, fascinante e repleto de reviravoltas carregadas de emoção, a obra-prima fantasmagórica e cruelmente brincalhona de Hill é uma viagem alucinante ao mundo do terror.


Talvez esse seja um dos livros mais difíceis - para mim - de se resenhar. Bom, demorou, mas consegui.

Sabe aquele livro que não te dá nenhuma dica no título sobre como a história é? Pois bem, eu comecei a ler esse livro com o pensamento de que seria mais alguma história de vampiros em busca de sangue, e posso dizer que não me decepcionei quando soube que ali não estava descrito nada disso.

Temos sim um vampiro, porém ele não suga de suas vítimas o precioso sangue para se manter jovem. Digamos que seja algo muito mais evoluído disso. Calma, ele não brilha quando exposto ao sol...

Charlie Manx é um senhor que possui residência temporária na Unidade de Cuidados Prolongados do Presídio Federal de Englewood, no Colorado. Acusado de sumir com dezenas de crianças na década de 1990, Manx tinha uma casa na montanha onde fazia de tudo com as tais crianças e pendurava enfeites de Natal para cada uma delas. O local era conhecido como Casa Sino. Manx adorava o Natal, e também o seu Rolls Royce de placa NOS4A2.

Ele foi parar no presídio depois que Victoria McQueen declarou que ele havia tentado lhe molestar, porém isso não aconteceu.

Vic possuía um Atalho, uma ponte que a levava para qualquer lugar onde poderia encontrar algum objeto perdido, um animal ou apenas respostas. A verdade é que o Atalho era como um mundo imaginário que se mesclava com o mundo real. E Manx também tinha o seu próprio mundo: A Terra do Natal.


Manx também tinha um assistente, Bing Partridge. Bing era uma espécie de bebezão pervertido, porém adulto. Não teve uma ótima infância e meteu um prego na cabeça do pai quando era mais novo, além de não ter tido um final feliz com a mãe. Bing era um prato cheio e bem servido para os planos terríveis do Sr. Manx. Enquanto Manx cuidava da "felicidade" das crianças, o Homem da Máscara de Gás - Bing - cuidava dos adultos.

A história fica dividida entre Manx, Vic e Bing. Nos é contado as histórias e habilidades de cada um até eles se encontrarem. Então temos o início perfeito de um desfecho já esperado e merecido de um thriller bem mais que envolvente.

Quanto à edição, só tenho elogios. Adoro livros com ilustrações, mesmo que algumas sejam bem estranhas e não muito bonitas. Nosferatu traz esse tipo de ilustração, a cada parte iniciada temos um pequeno desenho representando o que vem pela frente. Com uma diagramação bem feita e quase sem erros na revisão, Nosferatu é uma ótima pedida para quem quer passar um tempinho se perdendo em um suspense.

Super recomendo!

História
Escrita
Revisão
Diagramação
Capa



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