Título – O Sobrevivente
Título Original – The Survivor
Autor – Gregg Hurwitz
Páginas – 367
Editora – Arqueiro
Sinopse
No parapeito de uma janela de banheiro no 11º andar do First Union Bank, Nate só tem mais um objetivo na vida: reunir a coragem necessária para saltar e acabar com os seus problemas. De repente, ele ouve tiros dentro do banco e, ao espiar o que está acontecendo, vê uma cena terrível: criminosos mascarados disparando cruelmente em qualquer um que se coloque em seu caminho.
Enquanto sustenta o olhar de uma mulher agonizante, Nate toma uma decisão. Lançando mão de seu treinamento militar, ele consegue render e matar todo o grupo, exceto o seu líder.
Antes de escapar, o homem deixa claro que ele se arrependerá de seu ato heroico. Ele está certo. Em poucos dias, Nate é sequestrado pela máfia ucraniana e recebe uma ameaça: precisa voltar ao banco e concluir a tarefa que os bandidos não puderam cumprir. Do contrário, sua ex-mulher – pela qual ainda é apaixonado – e a filha adolescente, que não o reconhece mais como pai, serão brutalmente assassinadas.
Enquanto o tempo corre de maneira implacável e o prazo de Nate se aproxima do fim, ele luta não só para salvar as duas da morte, mas também para recuperar sua confiança e seu amor.
Título Original – The Survivor
Autor – Gregg Hurwitz
Páginas – 367
Editora – Arqueiro
Sinopse
No parapeito de uma janela de banheiro no 11º andar do First Union Bank, Nate só tem mais um objetivo na vida: reunir a coragem necessária para saltar e acabar com os seus problemas. De repente, ele ouve tiros dentro do banco e, ao espiar o que está acontecendo, vê uma cena terrível: criminosos mascarados disparando cruelmente em qualquer um que se coloque em seu caminho.
Enquanto sustenta o olhar de uma mulher agonizante, Nate toma uma decisão. Lançando mão de seu treinamento militar, ele consegue render e matar todo o grupo, exceto o seu líder.
Antes de escapar, o homem deixa claro que ele se arrependerá de seu ato heroico. Ele está certo. Em poucos dias, Nate é sequestrado pela máfia ucraniana e recebe uma ameaça: precisa voltar ao banco e concluir a tarefa que os bandidos não puderam cumprir. Do contrário, sua ex-mulher – pela qual ainda é apaixonado – e a filha adolescente, que não o reconhece mais como pai, serão brutalmente assassinadas.
Enquanto o tempo corre de maneira implacável e o prazo de Nate se aproxima do fim, ele luta não só para salvar as duas da morte, mas também para recuperar sua confiança e seu amor.
O Sobrevivente foi um dos lançamentos do mês de julho da Editora
Arqueiro – falamos dele aqui no blog. Pode parecer estranho a resenha deste
livro estar saindo somente agora, quase três meses depois, mas há uma razão
para tudo isso: correios (sempre eles!).
Este contratempo ocorreu devido
ao grande atraso que houve no envio do nosso exemplar, mas nada que
atrapalhasse a pontualidade da nossa resenha. Vamos a ela.
Esse foi o primeiro thriller que li do autor Gregg Hurwitz.
Como sempre faço com todos os autores que são “estreantes” nas minhas leituras,
fui pesquisar um pouco sobre os outros trabalhos realizados por ele, que não
foram poucos e alguns muito significativos.
Além de vários outros livros
de suspense criminal, Gregg desenvolve roteiros para as grandes produtoras Warner Bros., Paramount e MGM e também
colabora com roteiros para HQ’s da Marvel
e da DC Comics. Um currículo
invejável.
Logo, minhas expectativas com
relação à O Sobrevivente subiram aos
píncaros da curiosidade, e a promessa de uma leitura excepcional despontava
radiantemente no horizonte – mesmo com a trama tendo, à primeira vista, uma
base não muito atrativa e um tanto rasa.
Devo confessar que o fato de o
autor escrever roteiros para filmes e quadrinhos, me levou a crer que ele saberia
criar ganchos de tensão dentro da história que iriam me prender a cada virada
de página. E realmente ele consegue realizar este feito, pena que não em 100%
do tempo.
A trama é centrada na vida de
Nate Overbay, um veterano da Guerra do Iraque – conflito que fez parte da chamada
“Guerra ao Terrorismo”.
Antes de ingressar nas forças
armadas americanas, Nate tinha uma vida perfeita: uma dedicada e amável esposa
(Janie), uma filha linda (Cielle) que o fazia se sentir completo e feliz.
Porém, veio a convocação do exército.
Por 18 meses ele teria que
viver em um inferno onde cada dia de sua vida poderia ser o fim de tudo, longe
de sua esposa e filha. Lá, Nate presenciou coisas terríveis; e mesmo depois de
regressar, o trauma continuou perseguindo-o, e o fez se distanciar emocionalmente
de Janie e Cielle. Consequentemente, ele acabou perdendo-as definitivamente
quando Janie resolveu se divorciar dele formalmente. A vida de Nate
estava mergulhando de cabeça em um poço profundo e escuro, mas o fundo deste
poço ainda não havia sido alcançado.
Após tudo isso, Nate é
diagnosticado com uma doença que consumirá seu corpo lentamente, e não lhe
permitirá viver por mais tempo. Face a face com o desespero, Nate parte para
uma atitude radical e até compreensível: suicídio. E aí que acontece todos os
eventos descritos na sinopse da obra, fazendo com que ele se envolva com a
perigosa máfia ucraniana e ponha a vida de sua família – se é que ele ainda pode
chama-la assim – em péssimos lençóis.
Partindo desse princípio, o
livro tem dois caminhos para trilhar: o drama familiar do protagonista e sua
família e os elementos mais comuns aos thrillers
policiais – o suspense, a ação violenta e o conflito direto com o mundo do
crime.
A obra funciona bem nesta
segunda faceta: o autor conseguiu inserir vários momentos de tensão no escopo
geral da narrativa, todos descritos de uma forma muito direta e sem voltas
desnecessárias. Sempre deixando um desenrolar pendente para cenas futuras, que
na conclusão mostram desfechos satisfatórios.
O único problema é que essa
característica da narrativa vem se destacar um pouco tardiamente, de pouco além
da metade da obra até o seu fim. Até lá temos o dramalhão familiar
protagonizado por Nate, Janie e principalmente por Cielle – que, diga-se de
passagem, é uma personagem que está ali somente para fazer o papel da “filha esquecida
pelo pai”, mesmo ela sendo uma peça fundamental para uma grande reviravolta que
acontece na história.
Os diálogos desenvolvidos
entre Nate e sua filha deslocam a atmosfera que a história deveria ter. Além de
serem fracos e cheios de uma emotividade latente em demasia, tornam a leitura
maçante e só revelam outro ponto negativo da história: a neutralidade de Janie.
Não há uma proatividade da personagem nesta primeira parte do enredo, e ela
representa o estereótipo da mulher que “cansou de sofrer”, sendo que a única
coisa que ela fez para ajudar Nate com o seu trauma pós-guerra foi dar lições
de moral chulas.
As ilusões que Nate com
Charles, seu amigo de faculdade, estão ali para representar os erros que
consomem sua consciência, e isso seria um elemento muito positivo no enredo.
Porém, Charles é aquele personagem “palhação”, sempre com uma piada na ponta da
língua, e isso torna as suas aparições uma tentativa de humor bem forçada na
trama. Algo poderia ter um resultado bom – mesmo sendo bem clichê – se tivesse
sido trabalhado melhor.
Mas vale ressaltar que esses
problemas, em sua maioria, se concentram na primeira metade da narrativa, e o
autor consegue dar uma boa guinada nos rumos de seu enredo.
Os pontos positivos se
sobressaem principalmente nos antagonistas de O Sobrevivente. Pavlo Shevchenko é um chefão da máfia ucraniana.
Impiedoso e extremamente violento, teve uma trajetória de vida muito cruel e
sanguinária até a sua ascensão no mundo crime. O que lhe rendeu uma boa vida,
com luxo, capangas fiéis e uma bela filha – que é a única coisa pela qual ele
manifesta algum sentimento.
A forma como o autor descreve
a adolescência de Pavlo é bem sintética, mostrando alguns detalhes de como as
condições de vida no sistema prisional ucraniano são terríveis, é interessante
e nos prende a leitura, para podermos entender melhor como ele se tornou um
homem que é simultaneamente um desalmado e um pai amoroso que sempre tenta
fazer o melhor para a sua filha – mesmo que isso signifique matar inúmeras
pessoas.
A narrativa fica mais ágil, e
a ação se torna mais presente e dá um bom fôlego para a história em si,
deixando um pouco mais de lado o relacionamento de Nate e sua família. A
sequência de clímax ficou bem escrita - e essa é uma ótima qualidade do autor.
O importante é que, entre prós
e contras, o livro consegue se salvar. Mesmo não tendo atendido a todas as
minhas expectativas. O único pecado foi o autor não ter conseguido temperar
melhor a história, colocando ou redimensionando os momentos dramáticos e os de
ação pura, para fazer as engrenagens funcionarem melhor.
O trabalho editorial da
Arqueiro ficou muito bom, com um padrão já conhecido de suas outras
publicações.
História

Escrita

Revisão

Diagramação

Capa

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