Conversas de Taberna - Steampunk: A literatura a todo vapor! - Café & Espadas

16 de agosto de 2014

Conversas de Taberna - Steampunk: A literatura a todo vapor!

Olá, pessoas!

Hoje é sábado, dia de Conversas de Taberna! E hoje nós iremos discutir sobre um assunto que vem ganhando espaço no mercado editorial mundial: Steampunk.

Esse subgênero da ficção científica, que ao mesmo tempo é intrigante e encantador, ganhou fama entre os anos 1980 e 1990. E parece que voltou, com forças medianas, a ganhar espaço no mundo literário.

Irei apresentar a vocês um pouco da história do subgênero e alguns livros que ficaram marcados por ele.

Então vamos começar nossa viagem ao futuro do passado? Hoje meu café foi feito em uma linda cafeteira de Loeff, aceita um pouco?


Steampunk é um subgênero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de obras ambientadas no passado, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na história real (ou em um universo com características similares), mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época - como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. É um estilo normalmente associado ao futurista cyberpunk e, assim como este, tem uma base de fãs semelhante, mas distinta.

O subgênero pode ser explicado de maneira muito simples, comparando-o a literatura que lhe deu origem. Baseado num universo de ficção científica criado por autores consagrados como Júlio Verne no fim do século XIX, ele mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo robôs movidos a vapor já naquela época.

A ficção steampunk se foca mais sobre a tecnologia real, teórica ou cinemática da era vitoriana (1837-1901), inclusive motores a vapor, aparelhos mecânicos e a Máquina diferencial. Apesar de muitas obras steampunk serem ambientadas em cenários vitorianos, o gênero tem se expandido até para cenários medievais e geralmente passeia pelos domínios do terror e da fantasia. Várias sociedades secretas e teorias conspiratórias são geralmente apresentadas, e alguns steampunks incluem elementos significativos de fantasia. Além disso, há frequentemente influências lovecraftianas, ocultistas e góticas.

Alguns livros steampunks

As origens do steampunk remontam às obras pioneiras de ficção científica de Júlio Verne, H.G. Wells, Mark Twain e Mary Shelley, entre outros. Cada um destes autores escreveu obras apresentando tecnologia avançada e ambientada no século XIX ou início do século XX. Apesar de estes livros poderem ser classificados como steampunk hoje em dia, isto não é um rótulo exatamente correto, já que eles eram, na época de sua publicação, ambientados na época contemporânea (com exceção de Um Ianque de Connecticut na Corte do Rei Artur, de Twain).


Uma influência adicional na criação de steampunks são os contos Edisonade de Edward S. Ellis, Luis Senarens e outros, em que seus personagens Johnny Brainerd, Frank Reade Jr., Tom Edison Jr., e Jack Wright usavam veículos tecnologicamente avançados movidos a vapor em aventuras através dos Estados Unidos e do mundo. Além de fornecer a escritores posteriores os primeiros exemplos de criações de ficção científica usando a força do vapor, estas histórias tiveram uma influência direta no tema do "boy inventor" (garoto inventor), um subgênero de ficção científica personificado por Tom Swift (e repetido por Steamboy, Girl Genius e outros).


Uma origem plausível para o ethos steampunk dentro um contexto de mídia deve ser o filme original mudo Viagem à Lua, de Georges Méliès, que retrata uma viagem à lua, usando as tecnologias da época (especificamente, usando um grande canhão para ejetar um 'foguete' no espaço).


Já falamos aqui no blog sobre alguns livros do subgênero, como o Máquina Diferencial e a série Leviatã, e uma resenha do livro A Corte do Ar. Além de muitos livros internacionais, retratando histórias em lugares como Londres, onde o estilo cai muito bem; temos também as histórias nacionais, como os livros Vaporpunk (contos que se passam no Brasil e em Portugal) e Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (antologia de histórias brasileiras de steampunk).

Mas não só de literatura e cinema vive o steampunk. Hoje temos vários grupos de pessoas que aderiram ao estilo de vida dos personagens dos livros. Muitos utilizam pseudônimos e fazem piqueniques vestidos à caráter de um steampunker e escutam suas músicas favoritas de mesmo estilo.

Quem mais tiver algo a acrescentar sobre o tema de hoje, por favor, deixe-nos um comentário e iremos continuar nossa conversa.

Até a próxima!

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