Conversas de Taberna - Histórias de Terror - Café & Espadas

2 de agosto de 2014

Conversas de Taberna - Histórias de Terror

Um dos gêneros presentes no blog, mas que mal falamos dele é o Terror. Já tivemos uma pequena Conversa de Taberna sobre ele e umas poucas resenhas, mas nunca paramos para falar de forma mais aprofundada sobre o gênero.

Hoje teremos aqui um pouco da história do terror no decorre da história do nosso mundo. Além disso, irei citar alguns livros e autores.

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O gênero de terror literatura tem a capacidade de atemorizar ou assustar os seus leitores. Em suas diversas manifestações, é natural a existência de uma assustadora atmosfera de estranheza.

O terror pode ser tanto sobrenatural, como não-sobrenatural. Comumente a central ameaça por trás de uma obra de ficção de terror pode ser interpretada como uma metáfora para os grandes medos da sociedade.

As antigas origens do gênero foram reformuladas no século XVIII como terror gótico, com a publicação de O Castelo de Otranto (1764) de HoraceWalpole.

História

O terror na literatura tem suas origens no folclore e em tradições religiosas, focando na morte, na ideia de vida após a morte, no mal, em demônios e no princípio de algo incorporado à pessoa. Estes manifestaram-se em estórias de bruxas, vampiros, lobisomens, fantasmas e pactos com demônios, tais como o que verifica-se no Fausto de Goethe.

Terror Gótico no Século XVIII

O terror gótico do décimo oitavo século teve suas origens com o seminal e controverso O Castelo de Otranto (1764) de HoraceWalpole.

Este marcou a primeira vez em que um romance moderno incorporou elementos do sobrenatural ao invés de elementos do realismo. Na realidade, a primeira versão foi publicada disfarçadamente como um romance medieval italiano que fora supostamente descoberto e posteriormente republicado por um fictício tradutor.

Uma vez revelado como sendo um autor contemporâneo, muitos o consideraram anacrônico, reacionário ou simplesmente como portador de mau gosto, mas o mesmo provou-se como sendo popular imediatamente.

Esta primeira obra de terror gótico inspirou obras como Vathek (1797) de Matthew Beckford, Os Mistérios de Udolpho (1794), O Italiano (1796) de Ann Radcliffe e O Monge (1797) de Matthew Lewis.

Terror Gótico no Século XIX

A tradição gótica floresceu ao gênero moderno em que os leitores chamam de "terror literário" a partir do século XIX.

Influentes obras e personagens que continuam a ressoar através do cinema nos dias de hoje viram suagênese em obras como o Frankenstein de Mary Shelley (1818), os contos de Edgar Allan Poe, os trabalhos de Sheridan Le Fanu, o Strange Case of Dr. Jekyll andMr Hyde (1886) de Robert Louis Stevenson e o Drácula de Bram Stoker (1897).

Um dos traços definitivos do gênero é que o mesmo provoca uma resposta emocional, psicológica ou física nos leitores que faz com que os mesmos reajam com medo.

Cada uma destas obras criaram um contínuo ícone de horror que fora visto em modernas reinvenções manifestadas em palco ou em tela de cinema.

Terror Gótico no Século XX

A proliferação de revistas periódicas na virada do século popularizou a ideia de escrever obras do gênero de terror.

Um autor que especializou-se em terror às massas através de revistas como a All-Story Magazine foi o Tod Robbins, cuja ficção lidou com temas de loucura e crueldade.Posteriormente, publicações especializadas emergiram para dar aos escritores do gênero de terror uma saída, entre estas, a Weird Tales (revista na qual H.P Lovecraft publicou seus primeiros trabalhos) e Unknown Worlds.

Influentes autores do gênero de terror do início do século XX tiveram o início de suas carreiras através destes meios. Especialmente, o venerado autor de terror fantástico H.P Lovecraft, que com seu duradouro CthulhuMythos, foi pioneiro no gênero de horror cósmico, e M. R. James é creditado por redefinir as estórias do sobrenatural daquele tempo.

O início do cinema foi inspirado por muitos aspectos do horror na literatura, e o começo do terror no cinema deu início a uma forte tradição de filmes de horror e subgêneros baseados em ficção de terror que continua até os dias de hoje.

Muitas obras modernas que transmitem uma descrição de "mortos vivos" podem ter sua origem em contos de H.P Lovecraft, tais como Cool Air (1925), In The Vault (1926) e The Outsider (1926). O romance I AmLegend de Richard Matheson de 1954 também influenciou uma inteira geração de ficção apocalíptica relacionada a ideia de "zumbis", emblemática dos filmes de George A. Romero.

Terror Contemporâneo
                                                
Um dos mais populares escritores de terror contemporâneo é Stephen King.Conhecido por ter escrito as famosas obras Carrie, O Iluminado, Misery e muitas outras.

Tendo iniciado o seu trabalho na década de 1970, King conseguiu atrair uma enorme audiência, motivo este que fez com que a U.S. National Book Fundation o premiasse em 2003.

"A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo,
e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido."
O Horror Sobrenatural na Literatura - Howard Philip Lovecraft


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