Olá amigos do Café & Espadas! Cá estamos em mais uma Conversa de Taberna.
Na última vez em que escrevi nessa coluna semanal do blog, falei sobre as grandes escritoras de ficção científica. Mulheres que mostraram outros pontos de vista sociais nesse gênero por meio de suas importantíssimas obras.

Hoje - seguindo uma sugestão dada por um leitor - falaremos aqui sobre mulheres que escreveram obras igualmente relevantes, mas no campo da literatura fantástica.
Vamos a elas.
Marion Eleanor Zimmer Bradley
Marion é estadunidense, nascida
em 3 de junho de 1930 que escreveu obras de fantasia e também de ficção
científica.
Seu livro mais famoso é sem
dúvidas a saga As Brumas de Avalonescrito
em 1979. A narrativa se desenvolve em torno das lendas Arturianas, sobre a figura
lendária do Rei Arthur e seus cavaleiros, mas sob a perspectiva de personagens
femininas, como Morgana, Guinevere e Morgause.
A série foi dividida em quatro
volumes: A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo Rei e OPrisioneiro da
Árvore.Além disso, ela é autora da série Darkover, onde temos um universo com sua própria mitologia e
cronologia bem definidos.
As Brumas de Avalon é considerada uma das obras de fantasia mais
importantes dos últimos anos e ganhou uma adaptação cinematográfica em 2001.
J. K. Rowling
Rowling dispensa apresentações.
A britânica nascida em Yate em
1965 é uma das autoras mais famosas e mais vendidas da história da literatura
mundial, é a essa fama toda tem dois nomes: Harry Potter.
A saga do bruxo órfão encantou
fãs pelo mundo todo (adultos e crianças) e, por mais que alguns torçam o nariz,
o sucesso é inegável e há quem diga que Rowling reabriu as portas do mundo da
fantasia na literatura contemporânea.
Mas a obra da autora não se
resume as aventuras de Harry, Rony e Hermione. Ela também escreveu os livros Morte Súbita e O Chamado do Cuco - esse último sob o pseudônimo Robert Galbraith - ambos com uma pegada mais adulta, e totalmente indiferente ao universo de Harry
Potter.
Rowling recebeu prêmios
importantes como British Book Award e
Children’s Book Award, além do SmartiesPrize com o terceiro volume da sua
série principal: Harry Potter e o
prisioneiro de Azkabam.
Vale ressaltar que um novo filme
baseado no livro extra Animais
Fantásticos e Onde Habitam está em produção, para ampliar ainda mais a leva
de filmes baseados no universo do bruxo.
Anne Rice
A obra de Anne Rice tramita entre
o terror e a fantasia, com a figura mítica do vampiro protagonizando boa parte
dela.
Anne usa a imagem dos vampiros
que categorizamos como a “mais fiel” ao mito: o ser que se assume como um
amaldiçoado, como a insaciável sede de sangue e simplesmente aproveita a sua
imortalidade obtendo prazeres carnais sem pudores. Mas ela soma a isso a
dualidade de alguns de seus personagens, que não consideram a imortalidade como
uma dádiva, mas sim um fardo pesado e que sempre irá impedi-lo de desfrutar da
plenitude da existência.
Além do famigerado Entrevista com
o Vampiro, Anne escreveu outras obras do seu universo vampiresco como a série Novos
Contos de Vampiros, e explorou também a magia e o poder das bruxas na série Bruxas
Mayfair e (fugindo completamente da fantasia) retratou de forma curiosa um
período da infância de Jesus Cristo na obra Christ The Lord: Out of Egypt lançado
em 2005, onde temos Jesus partindo do Egito junto com a sua família para sua
casa em Nazaré.
Juliet Marillier
Neozelandesa nascida em 27 de
julho de 1948 na cidade de Dunedin, Juliet tem como sua principal inspiração a
mitologia celta.
Vencedora de prêmios como o American Library Association’s Alex
Award(com o livro A Filha da Floresta)
e o Aurelis Award (com O Filhos das Sombras, A Espada de Fortrius e Danças na Floresta).
Uma característica marcante de
sua escrita é a narrativa em primeira pessoa, presente em várias obras da
autora assim como a independência de alguns livros, mesmo que esses pertençam a
alguma série.
As principais obras que podemos
citar são a Trilogia Sevenwaters (A Filha da Floresta (2000), O Filho das Sombras (2001) e A Filha da Profecia (2002)) e as Crônicas de Bridei (O Espelho Negro (2005), A
Espada de Fortriu (2006) e O Poço das
Sombras (2007)).
Lois McMaster Bujold
Lois é americana, nascida em 02
de novembro de 1949, e sua obra abrange tanto a fantasia como também a ficção
científica. E prêmios é que não lhe falta.
Ganhou o conceituadíssimo prêmio Hugo quatro vezes e sua obra The Moutains of Mourning foi premiada
tanto com o Hugo como com o prêmio Nebula. The Curse of Chalion venceu o prêmio Mythopoeic Award para
literatura adulta e foi nomeada o melhor romance em 2002 pelo World Fantasy Award.
Apesar de ter tido sérias
dificuldades nas suas primeiras tentativas de ingressar no universo da
literatura fantástica, a autora conseguiu o seu devido reconhecimento com The Curse of Chalion (que posteriormente
ganhou um sequência intitulada Paladin of
Souls e rendeu um livro extra chamado The
Hallowed Hunt, que narra uma aventura a parte que se passa no mesmo
universo da obra principal.). Essa obra é considerada também uma ficção
teológica especulativa, e tem a sua raiz fincada em temáticas polêmicas como
religião e metafísica, e explora de forma obtusa a relação entre livre
arbítrio, destino e intervenção divina no futuro da humanidade.
Outras obras da autora que devem
ser citadas são a Saga Vorkosigan e Dreamweaver’s Dilemma.
Essas são algumas escritoras que,
por meio do seu talento, transformaram suas obras em algo além de simples
narrativas fantásticas, e assinaram seus nomes no hall dos grandes autores.
E você? Conhece alguma outra
grande autora de fantasia que não está presente nessa pequena lista? Deixe seu
comentário e enriqueça ainda mais o conteúdo do nosso Conversas de Taberna de
hoje.
Até a próxima!
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