Olá
amigos e amigas do Café & Espadas!
Chegamos
a mais um sábado, e como você já sabe, é dia de sentarmos aqui à nossa velha e
boa mesa de madeira, pedir aquele café esperto - ou qualquer outra bebida de
sua preferência... Eu vou de café, e com muita cafeína! - e conversarmos sobre
literatura e tudo que tem a ver com ela. E o tema hoje não poderia ser mais
eletrizante para os apreciadores da fantasia ou ficção científica, embora que
no nosso mundo real seja algo muito horrendo e cruel: as guerras.

As
grandes batalhas entre fileiras e mais fileiras de soldados cobertos de armadura,
portando seus escudos reluzentes e suas espadas afiadas têm o seu fascínio. A
guerra é algo quase sempre inerente a literatura fantástica, e isso vêm do fato
de ela ser inerente também a cultura humana, em diversos períodos da história.
Em
uma narrativa ela é o ponto máximo: decide o destino político de reinos ou até
mesmo o futuro de toda uma espécie. Embora fatídica, é decisiva em vários
âmagos de uma civilização, e revela os melhores (ou piores) sentimentos dos
personagens, que podem se mostrar como grandes heróis, terríveis vilões ou
tremendos covardes.
Portanto,
hoje separamos alguns tipos gerais de guerras e outras grandes batalhas de
obras específicas da literatura fantástica e da ficção científica que valem a
pena mencionar.
Vamos
a elas.
A Grande Guerra do Anel – de O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien

Claro
que essa grande batalha iria encabeçar a nossa lista.
Não
há como falar de batalhas épicas na literatura fantástica sem mencionar a
grande batalha travada entre os exércitos do reino de Gondor e Sauron, o Senhor
do Escuro.
Ela
aconteceu no final da Terceira Era da Terra Média e marcou o declínio dos Elfos
e ascensão dos Homens do Oeste. O trono de Gondor foi restaurado e Aragorn foi
coroado o novo rei e tivemos então o começo da Quarta Era.
Várias
batalhas foram travadas ao longo da narrativa, e seguindo em paralelo a elas,
Frodo Bolseiro levava o Um Anel para a Montanha do Fogo da Perdição, no centro
de Mordor, para que lá pudesse destruí-lo e derrotar Sauron definitivamente.
Vale
mencionar que o mago Saruman pode ser considerado como um terceiro concorrente
ao domínio sobre o Um Anel, pois ele foi o principal inimigo dos homens nas
batalhas que ocorreram em Rohan, Lórien, Floresta das Trevas e na Montanha Solitária.
E sua morte na Batalha do Beirágua foi o ponto final da guerra.
As
descrições precisas e magistrais de Tolkien enriquecem ainda mais a criatividade
da obra do mestre da fantasia. Seja no livro ou nas adaptações cinematográficas
de Peter Jackson, as cenas são de tirar o fôlego e emocionantes em seus
desfechos. Um marco na obra que é uma eterna referência para tudo que foi
produzido posteriormente.
Guerras de Nárnia – de As Crônicas de Nárnia - C. S. Lewis

Mesmo
tendo o público infantil como destino final, as crônicas escritas por Lewis
também possuem suas grandes batalhas, ao longo das sete crônicas que compõem
toda a obra.
Pedro,
Edmundo, Susana e Lúcia enfrentaram muitos outros povos existentes no mundo
criado pelo grande leão Aslan, como os telmarinos (em O Príncipe Caspian) e os calormanos (esses em duas batalhas: a
primeira numa tentativa de invasão a Nárnia que foi reprimida pelos exércitos
do rei Pedro e do reino da Arquelândia em O
Cavalo e o seu Menino e outra feita com sucesso e que culminou na
decadência do país de Nárnia e consequentemente no seu fim, em A Última Batalha).
Mas
a maior de todas as lutas foi, sem dúvida nenhuma, a luta contra a Feiticeira
Branca em O Leão, a Feiticeira e o Guarda
Roupas, onde os reis de Nárnia, ainda muito jovens, conduziram seu exército
formado pelos animais falantes, grifos, faunos e outras criaturas mágicas em
uma batalha que no livro não foi esmiuçada como deveria, mas que teve uma vital
importância para o futuro do país e seus habitantes.
Guerra pelo Trono de Ferro – de As Crônicas de Gelo e Fogo - George R.
R. Martin

A
única desta lista que continua em andamento, e que os fãs aguardam ansiosamente
a conclusão.
Em
As Crônicas de Gelo e Fogo as guerras
começam bem antes do erguimento dos acampamentos militares, como diria Tywin
Lannister: “...algumas guerras ganham-se com espadas, outras com penas e corvos...”
e é isso que vemos constantemente na obra de Martin: um jogo de influências,
intelecto, estratégias, alianças e o uso constante de uma arma mais letal que
uma espada, a política.
Guerra Atômica - de As Crônicas Marcianas – Ray Bradbury

Entrando
no gênero da ficção científica, temos essa grande obra do brilhante Ray
Bradbury, um dos mestres das narrativas espaciais, usadas para críticas
ferrenhas a humanidade. E sobretudo a guerra em todas as formas.
Em
As Crônicas Marcianas, a guerra
atômica se torna um dos principais catalisadores para as idas do homem a Marte.
Ela não chega a ser o ponto alto das histórias, mas é possível notar o tom –
por vezes até melancólico – como o autor a retrata.
Ao
saber que a Terra está entrando no colapso final, muitos (contrariando o
lógico) pegam seus foguetes e retornam para o lar, e logo a grande esfera
esverdeada some dos céus marcianos, transformando os últimos terráqueos
existentes em todo o universo nos novos marcianos.
Uma
forma sensível e poética de enxergar, não somente a guerra em si, mas suas
consequências nefastas. Tão surreal, e ao mesmo tempo, tão próxima.
Morte aos Homenzinhos Verdes! – de Guerra dos Mundos - Herbert George Wells 

É
possível que boa parte das pessoas tenha tido contato maior com a película
dirigida por Steven Spielberg (Guerra dos
Mundos - 2005) do que com a obra de Wells. Mas a ideia é a mesma: uma raça
alienígena, portadora de uma tecnologia superior, invade a Terra e ameaça a
existência humana.
E
quando a história é boa, nunca vira clichê. O tema ainda é constantemente usado
para a produção literária e cinematográfica, horas tendo o tom trágico e
sangrento, hora podendo assumir um caráter mais cômico como no filme Marte Ataca!
E
o medo do desconhecido continuará sempre fascinando a mente humana.
Claro
que existem várias outras batalhas grandiosas na literatura, e vale a pena ler
e vibrar com todas elas, mas o mais importante é entender como tudo resultou em
tal confronto, é aí que a criatividade e a genialidade de alguns autores transborda
e nos surpreende.
E
você conhece outras grandes guerras da literatura? Deixe seu comentário falando
sobre ela e a obra a qual pertence.
Até
a próxima!
A Batalha dos Cinco Exércitos que acontece no livro "O Hobbit" de Tolkien, onde se enfrentam os exércitos dos homens do lago, os anões das colinas de ferro, os orc e os wargs, depois se somam as águias, que o Tolkien não conta como exército. Acho que as águias deveriam ter sido contadas pelo menos como força aérea :). A grande batalha, apesar de estelar, entre a esquadra internacional e a frota dos formics (abelhudos) no livro "O jogo do exterminador" de Orson Scott Card, que ganhou por essa obra os grandes prêmios Nebula e Hugo. A mãe de todas as guerras na literatura: "A Ilíada" de Homero. Homero descreve diversas batalhas incríveis entre os exércitos dos aqueus (gregos) e dos troianos, bem como embates gloriosos entre diversos dos heróis guerreiros de ambos os lados: Diomedes, Ájax (grande), Ájax (pequeno), Aquiles dos pés ligeiros, Eneias, Heitor domador de cavalos. Chega a acontecer até a ousadia de alguns heróis tentarem enfrentar em combate alguns dos deuses. E o curioso, pelo menso para mim na época em que li, é que a lança era a grande arma nessas batalhas e não a espada, contando ainda com grandes pedradas à moda cearense. A Ilíada tem muita ação, Homero detalha até como as lanças perfuram os guerreiros. Muitas passagens são magníficas, com demonstrações de honra e respeito mútuo entre herois de lados opostos.
ResponderExcluirGostando ou não, considerando FC ou outra coisa qualquer, não partindo de livro mas sim de filme, a batalha do planeta Yavin - Star Wars...
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