Título – O Oitavo Passageiro
Título Original – Alien
Autor – Alan Dean Foster
Páginas – 224
Editora – Editora Abril
Sinopse
Os sete tripulantes da nave espacial – cinco homens e duas mulheres – fazem uma viagem tranquila até que alguém traz para dentro um oitavo passageiro.
E então, no cenário fantástico de uma nave do futuro e de um planeta desolado com vestígios de civilização extraterrena, surge uma trama que envolve espionagem, suspense e terror.
Veremos homens e mulheres do futuro – enfim em igualdade de condições – reagirem diante de um ser desconhecido, apavorante e mortal, que se alimenta deles.
A série cinematográfica Alien continua rendendo seus cifrões
pelo mundo. Em 2012 tivemos o lançamento de Prometheus
(e tudo indica que o Prometheus 2
já está sendo filmado), o filme que foi feito para funcionar como um prelúdio
do primeiro filme, e mostrar como surgiu o monstro mor do terror e ficção
científica. Um alienígena horrendo, com o corpo duro como metal, sangue ácido,
força sobre humana e uma sede de matança insaciável.
Se o filme é bom ou ruim, deixo
para os blogs de filmes analisarem. Este é um blog literário, e como tal, irá
apresentar agora uma resenha do livro O
Oitavo Passageiro, de Alan Dean Foster, sem fazer nenhum traçado paralelo ou
comparação com o filme, pois isso seria um erro e algo completamente sem
sentido, já que são obras distintas que narram a mesma história, e aqui irei
analisar o livro por si só.
O Oitavo Passageiro foi publicado em 1979, e segundo a edição que
tenho aqui (coleção Grandes Sucessos da Editora Abril) o livro foi lançado simultaneamente
ao filme, mas outras fontes afirmam que o livro foi lançado no mesmo ano do
filme, mas posteriormente a ele, fazendo com que a obra de Foster fosse uma
adaptação literária da película dirigida por Ridley Scott.
Para quem não conhece o enredo: A
nave espacial rebocadora Nostromo está
na sua viagem de volta para a Terra, rebocando uma refinaria que carrega toneladas
de minérios retirados de outros planetas. A tripulação é composta pelo capitão
Dallas, o primeiro oficial Keane, navegadora Lambert, a subtenente Ripley, o
oficial de ciências Ash e os engenheiros Brett e Parker.
Todos são acordados pelo sistema
da nave quando a mesma recebe um sinal de S.O.S vindo de um planetoide
desconhecido e, por ordem de seu empregador, a tripulação desacopla a Nostromo
da refinaria e aterrissa no planeta. A nave fica muito danificada com a
aterrissagem não programada, e logo uma parte da tripulação sai para investigar
a origem do misterioso sinal recebido, enquanto a outra cuida dos reparos
estruturais. Mas o sinal não era bem um pedido de socorro, e logo o terror está
à solta e a ameaça a toda tripulação é real e não mostra misericórdia.
A escrita de Foster é bem
diferente das que vemos continuamente na literatura atual. Ela é mais rebuscada,
exige um pouco mais de vocabulário do leitor e em determinados momentos a
leitura pode até ficar um pouco lenta, pedindo uma atenção redobrada, mas não
devido à linguagem difícil, mas sim pela análise profunda dos personagens, que
representam excelentemente não só a pequenez humana diante dos mistérios
insondáveis do universo, mas também uma quebra do paradigma social da época
(uma mulher acaba comandando a tripulação, o que gera um pequeno conflito
interno) e como os seres ditos como ‘frágeis’ se mostram os mais aptos à
sobrevivência.
A forma como os apetrechos, armas
e a própria nave são descritas mostra uma visão de tecnologia futura um tanto
quanto simples e crua; fornecendo somente o indispensável, sem muitas regalias
ou conforto. E com a descoberta de uma nova forma de vida, logo entram em cena
a burocracia e a ganância, estas representadas pela Companhia; uma organização
que se mostra sempre mais preocupada com os lucros do que com a vida da
tripulação da Nostromo.
A edição é bem simples e a que li
é bem antiga. O livro não é muito volumoso, os capítulos são medianos quando se
trata de tamanho, as páginas são amareladas, mas como falei, a edição é antiga,
então não posso afirmar se as páginas são originalmente amarelas ou se foi a
ação do tempo que as deixou dessa forma. A capa em si não me agradou. Achei
feia, e já mostra de cara uma outra caracterização do monstro, o que desagradou
algumas pessoas.
Não tenho certeza se o livro irá agradar a todos. Acho que o ideal seria lê-lo sem fazer as comparações com
o filme (missão que sei ser quase impossível.). A mim ele agradou, muito. Fazia
tempo que eu não lia uma história bem escrita como essa, e com um bom
aprofundamento nos personagens, na sua desolação, fragilidade, no medo, no
terror e em toda a tecnologia que os cercam.
Alien é um marco na ficção científica, e remodelou o conceito de alienígena, somando aos ‘homenzinhos verdes’ os monstros grotescos e assassinos. O livro nos conta essa história de outra forma, com outros focos. É uma boa leitura, recomendo.
Alien é um marco na ficção científica, e remodelou o conceito de alienígena, somando aos ‘homenzinhos verdes’ os monstros grotescos e assassinos. O livro nos conta essa história de outra forma, com outros focos. É uma boa leitura, recomendo.
História
Escrita
Revisão
Diagramação
Capa
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