Resenha: O Restaurante no Fim do Universo - Café & Espadas

18 de fevereiro de 2014

Resenha: O Restaurante no Fim do Universo

Título – O Restaurante no Fim do Universo 
Título Original – The Restaurant at the End of the Universe
Autor – Douglas Adams 
Páginas – 173 
Editora – Arqueiro 


Sinopse 


O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante no Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? 


A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da Galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. 


O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente O Guia do Mochileiro das Galáxias, mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. 


Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos improváveis sentidos.


No segundo volume da série “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, Douglas Adams continua a narrativa das aventuras de Arthur Dent, Ford Perfect, Zaphod Bebleebrox, Trillian e Marvin, o androide paranoico e depressivo e a sua busca pela resposta da grande questão sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais.

Se o leitor veio de uma narrativa rápida e com eventos sequenciais e frenéticos do primeiro volume, nesse segundo ele será desacelerado a velocidade de uma partícula alfa. Mas mesmo assim, quem é fã dessa ‘trilogia de cinco’ deve pendurar sua toalha no pescoço e evitar ao máximo entrar em pânico.

Após os eventos do primeiro volume, e o desfecho da perseguição da nave Vogon, Arthur e companhia se veem obrigados a dar uma parada, em qualquer lugar que tenha uma boa comida para servir. Logo, Zaphod sugere que eles passem pelo Restaurante no Fim do Universo para lancharem.

Mas... Será que existe algum lugar ‘normal’ no universo criado por Douglas Adams? Com certeza não.

O Restaurante Milliways é um dos lugares mais estranhos e bizarros que o leitor irá encontrar em toda a série.

Lá o almoço literalmente se oferece para o freguês, como o boi que praticamente se joga em um prato para que Arthur o deguste, recomendando os seus melhores pedaços e cortes, o que é uma das partes mais engraçadas do livro, por causa da repugnância de Arthur a tudo aquilo, e o fato de ele simplesmente não conseguir se acostumar às esquisitices que o cerca por todos os lados.

Além disso, somente nesse restaurante o freguês consegue assistir a destruição de todo o universo, sem se preocupar em ser destruído junto com ele, e é nessa parte que o autor faz uma genial e bem humorada explicação sobre o tempo e como viajar por ele pode ser incrivelmente útil, e os resultados totalmente imprevisíveis.

A narrativa do que acontece no restaurante, apesar de divertida, acaba se tornando a maior delonga do livro. Se você pegar o volume exatamente na parte em que eles finalmente saem do restaurante, vai ver que já se passou mais da metade da obra. Ou seja, há sim certa embromação, e o livro fica sem uma meta a ser alcançada, sem um objetivo para os personagens. Depois disso a narrativa fica mais concentrada em Zaphod e Marvin, onde parece que a história vai dar uma nova guinada, e realmente dá por alguns momentos, mas nada que se compare ao primeiro volume da série.

Arthur e Ford se separam do grupo, encontram uma nave cuja tripulação foi renegada no seu planeta natal, e daí então seguem sua jornada em outra linha da narrativa e do tempo também, viajando milhões de anos para o passado, culminando no estranho desfecho desse segundo volume.

Em suma, “O restaurante no Fim do Universo” não é tão bom quanto o primeiro volume da trilogia, mas em determinados momentos é uma ótima leitura, que põe o leitor para pensar sobre questões como viagens no tempo, criação e destruição do universo e se há ou não alguém regendo toda essa bagunça. O humor de Douglas Adams continua afiado.


História

Escrita
Revisão
Diagramação

Capa

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