Título – Mago: Mestre
Título Original – Magician: Master
Autor – Raymond E. Feist
Páginas – 428
Editora – Saída de Emergência
"Não passávamos, formosa Rainha,
De dois rapazes que julgavam nada mais haver
Para além de um amanhã igual a hoje,
E que para sempre rapazes seriam."
― SHAKESPEARE, O Conto de Inverno.
Sinopse
Passaram-se três anos desde o terrível cerco a Crydee. Os três rapazes que eram os melhores amigos do mundo encontram-se agora a quilômetros de distância uns dos outros.
Pug, um escravo dos Tsurani, está prestes a se tornar um dos maiores magos que já existiram. Tomas, um grande guerreiro entre os elfos, arrisca-se a perder sua humanidade para a armadura encantada que veste. Arutha, Príncipe de Crydee, luta desesperadamente contra invasores e traidores para salvar seu reino.
Mago Mestre é recheado de aventura, emoção e ameaças tão antigas quanto o próprio tempo. Com o segundo volume de A Saga do Mago, Raymond E. Feist volta a provar que é um dos maiores nomes da literatura fantástica na atualidade.
Não sei se disse isso primeira resenha da saga de Raymond, então direi agora: há tempos não lia uma história tão boa quanto. Não se chega a igualar à Tolkien, mas ele está no caminho certo.
No primeiro livro somos apresentados a um mundo repleto de paisagens agradáveis aos olhos e à seres já conhecidos, mas com um toque que difere de autor para autor. Além desses, conhecemos novos seres de um outro mundo devido a uma fenda criada que até então não se sabia o porquê. Ao final deste livro, ficamos ansiosos para que o segundo nos chegasse logo às mãos para nos deleitarmos mais uma vez com a escrita de Feist.
Começamos, mais uma vez, com Pug. Desta vez ele se encontra na situação de escravo dos tsurani juntamente com Laurie, um menestrel de Midkemia. Eles estão trabalhando em uma propriedade que não está gerando muitos lucros devido aos maus tratos do capataz sobre aqueles homens cansados. Mas tudo muda quando Hokanu, dos Shizawai, filho do dono daquela propriedade, aparece à mando de seu pai para ver o que poderia ser feito para melhor a situação. Então o capataz é substituído e Pug e Laurie passam a ser escravos na casa dos Shizawai.
Durante todos esses anos, Pug e Laurie aprenderam muito bem o idioma dos tsurani, seus comportamentos e costumes, mas ainda se lembravam muito de como era viver em Midkemia. Foi por isso que foram levados para a casa do Lorde Shizawai, que tinha um plano para dar fim àquela guerra extensa.
Nesse segundo livro somos levados à Kelewan, o mundo dos tsurani. Um mundo repleto de cores vibrantes, costumes diferentes e espécies encantadoras. Raymond consegue nos fazer imaginar perfeitamente todas as cenas que ele descreve. Em várias vezes eu pensei “nossa, isso ficaria ótimo em uma tela gigante de cinema”, não que eu já queira ver a história em outra mídia, mas porque seria realmente agradável de ver um filme sobre esta história.
Nós vemos Pug crescer, se apaixonar e se tornar um Grande (são como são chamados os magos em Kelewan, estão acima dos nobres, suas palavras são lei). Por ter sido aprendiz em dois mundos e por obter energia de ambos, ele se torna um dos magos mais poderosos e influentes já existentes. Em seu processo de aprendizagem, nós conhecemos a origem dos tsurani e a construção daquele mundo e depois vem o início da guerra entre os mundos.
Como já esperado, somos lançados de volta à Midkemia para vermos como estão os outros personagens e o que mais preocupa a todos é Tomas. Ele, aos poucos, vem se tornando aquilo que os elfos de Elvandar mais temem, um valheru, o Senhor dos Dragões (antigos que reinavam no mundo com poderes quase divinos que voavam no dorso de dragões e viajavam entre mundos). Os Tecedores de Feitiços estavam fazendo de tudo para que o poder da armadura de Tomas não lhe tomasse a sanidade e a compaixão que ainda tinha.
Enquanto isso, a guerra ganha mais anos e chega a um ponto onde todos os exércitos dos dois mundos lutam entre si. Não existe mais um propósito certo para a guerra continuar, a ordem é apenas vencer, não importa quantas vidas sejam ceifadas. Será Pug capaz de fechar a fenda e acabar de vez com todas aquelas perdas de humanas? Será que Tomas se tornará o pesadelos dos elfos?
Nas sinopse desses dois livros vemos que o autor se preocupou com três rapazes: Pug, Tomas e Arutha (um dos filhos do Duque de Crydee de Midkemia). Arutha teve seus feitos, mas que para mim não foram tão importantes quanto os de Tomas e Pug. Espero que ele explore mais a personagem de Arutha no terceiro livro.
No mais, este foi o melhor livro da série (até agora) para mim. Tivemos perdas de personagens importantes para a história e algumas delas foram bem impactantes, mais pela forma como foram contadas. Lembro que estava lendo no ônibus quando uma notícia dessa veio no meio da leitura e eu fiquei quase em choque (é sério!). Fiquei sem acreditar no que li e até agora estou em dúvida se li certo.
Quanto à edição não tenho muito o que comentar, pois já falei várias vezes sobre como o pessoal da Saída de Emergência de preocupa com os livros. Só achei que este livro merecia a mesma quantidade de revisores que o primeiro, pois encontrei alguns errinhos no decorrer da história. Fora isso, a diagramação é ótima e a capa é perfeita.
Querem viajar? Comprem uma passagem para Midkemia e Kelewan!
História

Escrita

Revisão

Diagramação

Capa

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