Título – A Corte do Ar
Título Original – The Court of the Air
Autor – Stephen Hunt
Páginas – 544
Editora – Saída de Emergência
“Se você não vive no limite, está ocupando espaço demais.”
― Stephen Hunt
Sinopse
Quando a órfã Molly Templar testemunha um assassinato brutal no bordel onde foi colocada como aprendiz, seu primeiro instinto é correr de volta para o orfanato em que cresceu. Ao chegar lá e encontrar todos os seus amigos mortos, percebe que ela era o verdadeiro alvo, pois seu sangue contém um segredo muito cobiçado pelos inimigos do Estado.
Enquanto isso, Oliver Brooks é acusado pela morte do tio, seu único familiar, e forçado a fugir na companhia de um misterioso agente da Corte do Ar. Perseguido pelo país, Oliver se vê cercado de ladrões, foras da lei e espiões, e pouco a pouco desvenda o segredo que destruiu sua vida.
Molly e Oliver serão confrontados por um poder antigo que se julgava destruído há milênios e que agora ameaça a própria civilização. Seus inimigos são implacáveis e numerosos, mas os dois órfãos terão a ajuda de um formidável grupo de amigos nesta aventura cheia de ação, drama e intriga.
Antes de ler este livro eu já
conhecia um pouco de steampunk, porém nunca tinha lido nenhuma história sobre
tal estilo. Então fiquei muito curiosa para conhecer a história de Stephen Hunt
e acabei tendo o livro em mãos através da editora parceira Saída de Emergência.
Além dessa curiosidade sobre o steampunk, decidi lê-lo por causa de algumas
críticas muito boas que li em alguns sites. Porém, não só houveram boas
críticas, o que é normal para toda obra.
A edição foi bem trabalhada,
com uma capa linda e uma ótima revisão. Outra coisa que gostei bastante sobre
os livros da Saída de Emergência. Este é o segundo livro da editora que pego
para resenha e a primeira coisa que olho quando abro algum livro é a ficha
técnica. Nunca vi tantos revisores sendo mencionados para a revisão de um
livro. E acho que toda editora deveria investir nisso, porque já peguei livro
com uma história incrível e péssima revisão que às vezes deixa a história sem
sentido e difícil de ser lida.
Antes de começar a ler a
história em si, eu leio tudo o que tem antes: sinopse, orelha, carta do editor
e prefácio do autor (isso se estiver disponível). Em algumas resenhas, eu vi o
pessoal reclamando das palavras desconhecidas na história e que só depois viram
que o livro tinha um glossário e que não foram avisados disso. No próprio livro
e antes de começar a história, se você for ler a carta do editor, tem dizendo que
foi incluído um glossário de Chacália ao final do livro. Então sim, o aviso
ocorreu. Além do que, para ler um livro vocês não devem somente ler o essencial
dele, mas sim ler tudo que tem nele. Por isso que antes de iniciar minha
leitura eu sempre faço essa análise completa da edição do livro para não ficar
reclamando depois.
Como já era
de se esperar, a história se passa num passado! O autor focou em seu
conhecimento sobre a Inglaterra vitoriana e georgiana e criou Chacália. Um
mundo fantástico com robôs movidos a vapor, dirigíveis, carruagens, bordéis
luxuosos e todo um clima steampunk. Somos apresentados a bandidos,
aventureiros, encantados (humanos com poderes mágicos), cantores do mundo (uma
espécie de polícia política mágica), homens-vapor, além de outros personagens
que compõem todo o cenário.
Entre intrigas parlamentares e
organizações secretas, temos Molly e Oliver, dois órfãos que se encontram
fugindo de assassinos e que não sabem o porquê de aquilo estar acontecendo.
Molly é uma órfã do Internato Porta do Sol que nunca se adepta aos seus
trabalhos como aprendiz. Já Oliver é sobrinho de Titus, dono da Pousada das
Setenta Estrelas. Oliver viver como um criminoso sob custódia, só pode viajar
para onde o requerimento estatal, que tem que assinar toda semana, lhe permite.
À princípio você não sabe o motivo pelo qual eles são órfãos e nem muito menos
porquê estão sendo perseguidos, o que torna tudo um pouco confuso.
Enquanto eles estão sendo
caçados muitos assassinatos acontecem. Uma das personagens diz que o motivo das
mortes era para evitar testemunhas. Esse espaço vazio, mesmo que lá na frente
esteja a resposta, não me agradou muito. Além de as cenas de ação serem um
pouco mornas. Sim, mesmo com tantos assassinatos, eu achei tudo muito fraco
ainda mais por causa de toda a expectativa criada antes do lançamento e até
mesmo pelo o que está escrito na carta do editor. Bom, cada um tem uma opinião
sobre determinada coisa, talvez a minha esteja entre a minoria.
Muitas personagem aparecem
para acrescentar (ou não) algo na história. E mais uma vez eu volto a falar de
pontos vagos. Acredito que alguns capítulos pequenos poderiam não ter existido,
mas apenas alguns. Espero que eles tenho algum sentido nos próximos livros. A
história é muito boa, porém acho que não foi muito bem aproveitada. Existem
muitos detalhes, o que gostei bastante, pois é possível visualizar muito bem
todos os ambientes e situações.
Para mim, foi um livro bom.
Apenas isto, não é um daqueles que você pretende reler algum dia. Enquanto ao
trabalho da editora, eu dou meus parabéns e agradeço por tratarem um livro tão
bem.
História
Escrita
Revisão
Diagramação
Capa
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